Refletindo o legado: Grandes nomes para a ciência da informação

As bibliotecas costumam homenagear pessoas relevantes em seus contextos, principalmente para a história de suas instituições, áreas e de seus países. Dentro desse segmento, será possível compreender o papel de protagonistas e figuras históricas que foram responsáveis por grandes mudanças e transformações num contexto específico e que permitiram o fazer biblioteconômico nos dias atuais.

Por isso, consideramos importante apontar contribuições de pessoas no Brasil e no mundo que marcaram o universo da informação científica, tendo como objetivos o levantamento, a análise, o entendimento e a disseminação de toda uma trajetória histórica, passando pela produção científica dessas pessoas, chegando até sua participação em eventos, comissões e resoluções de leis que regulamentam a área.

Dito isso, por meio do conhecimento das contribuições destas personalidades para as áreas de Ciência da Informação (CI) e outras correlatas, será possível delinear e valorizar os aspectos de um determinado momento na história não apenas do Ibict, como também de toda a CI. Como exemplo nacional, temos Adelpha de Figueiredo, que foi uma das primeiras bibliotecárias formadas no Brasil e que teve participação fundamental na direção da Biblioteca George Alexander, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, e da Biblioteca Pública Municipal Mário de Andrade além da criação do curso de Biblioteconomia na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

Personalidade nacionais

Neste tópico, a ideia é apresentar informações e principais contribuições de personalidades que influenciaram e marcaram a história e a evolução da Ciência da Informação não só no no Ibict, como também no Brasil.

Adelpha de Figueiredo (1894-1966)

Adelpha de Figueiredo (1894-1966) nasceu em 20 de setembro de 1894 em Sorocaba, São Paulo. Reconhecida como uma das primeiras bibliotecárias brasileiras, sua trajetória profissional começou como professora na Escola Americana de São Paulo, hoje conhecida como Instituto Mackenzie. Embora tenha estudado farmácia e música, seu interesse pela organização de acervos a levou a fazer o curso de biblioteconomia na Universidade de Columbia, em Nova Iorque. Adelpha foi pioneira em diversas frentes, sendo a primeira diretora da Biblioteca George Alexander, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, e da Biblioteca Pública Municipal Mário de Andrade. Em 1936, fundou a primeira Escola de Biblioteconomia do Estado, formando sua primeira turma em 1938, com apoio da Prefeitura Municipal de São Paulo. Além disso, foi co-fundadora e professora do curso de Biblioteconomia da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESP/SP), ao lado de Rubens Borba de Morais, e participou da fundação da Escola de Biblioteconomia da Faculdade de Filosofia Sede Sapientae da Pontifícia Universidade Católica, em 1948. Sua influência se estendeu também à Associação Paulista de Bibliotecários, da qual foi presidente de 1947 a 1951. Durante sua gestão, foi realizada em São Paulo a conferência sobre o desenvolvimento de bibliotecas públicas na América Latina, patrocinada pela UNESCO e DEA, em 1951.

Fonte: Prefeitura de São Paulo 

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Antônio Agenor Briquet de Lemos (1937)

Antônio Agenor Briquet de Lemos, nascido em Teresina-PI, em 15 de novembro de 1937, teve um percurso marcado por contribuições significativas para o campo da informação no Brasil. Sua jornada iniciou-se com o trabalho de oito anos em um hospital, onde a bibliotecária local o incentivou a fazer o vestibular de biblioteconomia na Biblioteca Nacional-BN. Em 1968, mudou-se para Brasília, atendendo ao convite de Edson Nery da Fonseca para lecionar na Universidade de Brasília (UnB). Ao longo de sua carreira, Briquet também passou pela Faculdade de Filosofia e Centros de Letras do Estado do Rio de Janeiro, hoje conhecida como UERJ. Em 1989, assumiu a direção da Editora da UnB, permanecendo no cargo até sua aposentadoria em 1993. Além de bibliotecário e professor, teve uma breve incursão como jornalista no Jornal do Brasil. Após a aposentadoria, fundou junto com sua esposa a Editora Briquet de Lemos, que em 2017 completou 24 anos de atividade. Briquet também desempenhou papéis importantes em organizações profissionais, participando da fundação e ocupando cargos de destaque na Associação Brasileira de Profissionais da Informação (ABRAINFO), como presidente do conselho deliberativo em 2012, e como membro do conselho desde 2013. Além disso, foi diretor do IBICT – Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia. Sua trajetória é marcada por um compromisso duradouro com o avanço e a valorização da área da informação no Brasil.

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Célia Ribeiro Zaher

Célia Ribeiro Zaher é uma figura proeminente na área da biblioteconomia e ciência da informação no Brasil e internacionalmente. Graduou-se em Biblioteconomia pela Biblioteca Nacional do Brasil em 1962, sendo aluna do primeiro Curso de Biblioteconomia do país. Ao longo de sua carreira, desempenhou diversos papéis importantes, incluindo direção na Biblioteca Nacional durante os anos de 1972 a 1974 e de 1997 a 2005. Zaher também é graduada em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade do Brasil e possui especialização em Biblioteconomia pela Columbia University, nos Estados Unidos. Sua contribuição acadêmica incluiu a docência no Curso de Documentação Científica do IBBD de 1954 a 1970 e a coordenação do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação em convênio com a UFRJ, de 2008 a 2011. Além disso, ocupou cargos de destaque em organizações como a BIREME/PAHO/WHO e UNESCO, cobrindo uma ampla gama de áreas, como biblioteconomia, informação, cultura e comunicação. Ao longo de sua carreira, recebeu inúmeros prêmios e títulos, destacando-se como uma das principais vozes no campo da informação no Brasil e no mundo.

Fontes:  http://50.ppgci.ibict.br/mulher/celia-ribeiro-zaher-3/ e http://www.editora.ufpb.br/sistema/press5/index.php/UFPB/catalog/download/253/923/7673-1?inline=1

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Edson Nery da Fonseca (1921-2014)

Edson Nery da Fonseca, nascido em 6 de dezembro de 1921, foi uma figura proeminente no campo da biblioteconomia, educação e cultura brasileira. Além de ser reconhecido como professor universitário e escritor, Fonseca deixou um legado significativo como bibliotecário, tendo fundado o primeiro curso de Biblioteconomia na região Nordeste em 1948. Sua contribuição foi fundamental na fundação da Universidade de Brasília (UnB), onde desempenhou papéis-chave na implantação da Biblioteca Central e do Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD), atual Ibict. Ele dedicou parte de sua vida ao estudo e divulgação da obra de Gilberto Freyre, recebendo o título de Gilbertólogo. Antes de sua carreira acadêmica, Fonseca experimentou o jornalismo literário e o estudo do Direito. Seu compromisso com a profissão bibliotecária o levou a dirigir departamentos e associações importantes, como o departamento de Bibliografia do IBBD e a presidência da Associação Brasileira de Bibliotecários. Em 1965, tornou-se professor titular na UnB, onde organizou e dirigiu o curso de Biblioteconomia, e em 1995 foi honrado com o título de professor emérito pela mesma universidade. Seu impacto duradouro na academia e na cultura foi reconhecido em 2011, quando recebeu o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal de Pernambuco. Fonseca faleceu em 22 de junho de 2014, em Olinda, deixando um legado inspirador no campo da educação e da preservação do conhecimento.

FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Edson_Nery_da_Fonseca 

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Hagar Espanha Gomes (1927-2005)

Hagar Espanha Gomes foi uma renomada profissional na área da Ciência da Informação, com uma trajetória acadêmica sólida e vasta experiência. Graduada em Biblioteconomia pela Fundação Biblioteca Nacional em 1955, obteve seu mestrado em Ciência da Informação pelo Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação em 1972. Ela se destacou como Livre Docente em Bibliografia pela UFF em 1976. Sua expertise abrangia a Organização do Conhecimento, com foco em indexação, linguagem documentária, tesauro, terminologia e taxonomia, onde atuava como Consultora. Além disso, ocupou cargos de destaque, como diretora do Instituto de Artes e Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense, e foi professora em diversas instituições, incluindo a UFF e o Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação. Durante sua carreira, entre 1956 e 1975, desempenhou várias funções no IBBD, incluindo a presidência entre 1972 e 1975, vice-presidência em 1972, e diferentes papéis docentes e de gestão, evidenciando sua contribuição significativa para o campo da Ciência da Informação.

Fonte: http://50.ppgci.ibict.br/mulher/hagar-espanha-gomes/ 

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Jaime Robredo (1927-2011)

Jaime Robredo, nascido em Madri em 28 de janeiro de 1927, foi um dos pioneiros na área de Ciência da Informação (CI), dedicando-se ao novo e ao não convencional. Sua jornada acadêmica começou na Espanha, onde obteve graduação em Ciências, especialização em Radioatividade, doutorado e pós-doutorado em Química Inorgânica. Na década de 70, deu os primeiros passos na CI, especializando-se na área tecnológica, incluindo computadores e TI, e realizando um curso na UNESCO sobre o sistema ISIS. Viveu no Brasil de 1974 a 2011, período em que se dedicou inteiramente à CI, abordando temas como bibliometria, infometria e automação de sistemas de informação documentária. Além de sua carreira acadêmica, Robredo era um artista talentoso, produzindo pinturas e entalhes em madeira. Sua visão ampla da CI o levou a não ver fronteiras entre bibliotecas, arquivos e museus, e ele foi um defensor da CI como uma ciência pós-moderna. Como diretor de Projeto Internacional, contribuiu significativamente para o avanço da informação na área de Agricultura, implantando o Sistema Internacional de Informação e Documentação de Agricultura (BINAGRI) e criando o Serviço de Difusão Seletiva da Informação. Por mais de 30 anos, lecionou na graduação em Biblioteconomia e pós-graduação em CI da UnB. Jaime Robredo faleceu em Brasília em 4 de outubro de 2011, deixando um legado significativo na área da CI.

Fontes: http://www.editora.ufpb.br/sistema/press5/index.php/UFPB/catalog/download/253/923/7673-1?inline=1http://lattes.cnpq.br/9669125022187444 

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Jannice de Mello Monte-Mór (1927-2005)

 

Jannice de Mello Monte-Mór, nascida em 23 de junho de 1927 em Osasco, SP, trilhou uma carreira marcante no campo da biblioteconomia no Brasil. Graduou-se no Curso Superior de Biblioteconomia da Biblioteca Nacional em 1947, iniciando uma trajetória de significativa contribuição para diversas instituições. Durante os anos seguintes, reorganizou importantes bibliotecas, como a da Câmara dos Deputados e a do Instituto Social da PUC, além de exercer papéis-chave na Biblioteca Pública do Paraná e na Fundação Getúlio Vargas. Sua atuação no Instituto Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação foi notável, ocupando diversos cargos, desde Chefe do Expediente até Vice-Presidente. Destacam-se ainda suas atividades acadêmicas, como professora assistente em cursos da Biblioteca Nacional e da FGV. No ápice de sua carreira, assumiu a direção da Biblioteca Nacional, de 1971 a 1979, período em que sua liderança foi fundamental para redefinir o papel da instituição na sociedade e fortalecer os sistemas de informação bibliográfica do país, deixando um legado marcante na história da BN.

FONTE: http://50.ppgci.ibict.br/mulher/jannice-de-mello-monte-mor/ 

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Lais da Bôa Morte Ferreira Affonso

Laís da Bôa-Morte foi uma figura proeminente no campo da biblioteconomia, tendo desbravado diversas áreas ao longo de sua carreira. Sua trajetória incluiu marcos significativos, como a direção inaugural da Biblioteca do Ibict (antigo IBBD) de 1955 a 1958, onde deixou sua marca como líder visionária. Graduada no curso de Biblioteconomia da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro em 1941, ela consolidou sua expertise ao completar o curso de Pesquisas Bibliográficas em Ciências Naturais do IBBD. Além disso, sua experiência como bibliotecária auxiliar do DASP de 1945 a 1954 foi fundamental para seu desenvolvimento profissional. Sua dedicação ao ensino também foi notável, atuando como assistente e professora substituta em disciplinas fundamentais como Catalogação e Classificação em cursos de Biblioteconomia. Seu legado se estendeu ainda como professora do Curso de Pesquisas Bibliográficas do IBBD entre 1957 e 1960, contribuindo significativamente para a formação de futuras gerações de bibliotecários.

FONTE: http://50.ppgci.ibict.br/mulher/lais-da-boa-morte/ 

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Laura Garcia Moreno Russo (1915-2001)

Laura Russo foi uma bibliotecária brasileira cujo papel foi fundamental na elaboração e aprovação da legislação do bibliotecário no Brasil. Graduada em Biblioteconomia pela Escola Livre de Sociologia e Política em 1942, e em Documentação pela mesma instituição em 1959, ela também concluiu um curso de Formação Profissional de Professor em 1954 na Escola Normal Dr. Veiga Filho, em São Paulo. Seu desejo por aprimoramento a levou a estudar na Biblioteca Nacional de Madrid, onde obteve o título de mestre em Biblioteconomia e Arquivística em 1958, além de realizar cursos de especialização nos Estados Unidos na década de 1960. Laura desempenhou um papel crucial na regulamentação da profissão no final dos anos 1950 e na fundação da Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários (FEBAB). Entre 1966 e 1968, presidiu o Conselho Federal de Biblioteconomia. Ao longo de sua carreira, trabalhou em instituições renomadas como a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e a Academia Paulista de Letras, além de ter sido diretora da Biblioteca Mário de Andrade. Em 1961, ela elaborou a primeira versão do Código de Ética Profissional do Bibliotecário. Em reconhecimento a sua contribuição, o Conselho Regional de Biblioteconomia do Estado de São Paulo (CRB-8) instituiu em 1998 o Prêmio Laura Russo, com o objetivo de destacar iniciativas culturais e de promoção do uso da biblioteca e incentivo à leitura em São Paulo.

FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Laura_Russo

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Lena Vania Ribeiro Pinheiro (1941-2024)

Lena Vania Ribeiro Pinheiro foi uma figura proeminente no campo da Ciência da Informação, com uma vasta trajetória acadêmica e profissional. Graduada em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Pará (UFPA) em 1966, iniciou sua carreira como professora de História da Arte na mesma universidade. Ao longo de sua vida, obteve o título de Doutora em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1997, além de ter sido mestre em Ciência da Informação pela mesma instituição em 1982 e especialista em Redes de Bibliotecas pela USP em 1972. Com mais de 30 anos de dedicação ao Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, ela destacou-se como pesquisadora e docente, liderando grupos de pesquisa e contribuindo significativamente para áreas como Comunicação Científica, Bibliometria e Inteligência Competitiva. Além disso, teve passagens importantes como professora em programas de mestrado na UFRJ e na UNIRIO, onde também foi uma das fundadoras do Mestrado em Memória Social e Documento. Sua atuação não se restringiu apenas ao ambiente acadêmico, sendo coordenadora do Canal Ciência do IBICT por sete anos e representante em Ciência da Informação do Comitê de Assessoramento do CNPq. Em 7 de abril de 2024, o mundo perdeu uma mente brilhante e uma voz influente na área, com o falecimento da Dra. Lena Vania Ribeiro Pinheiro.

 

Fonte: http://50.ppgci.ibict.br/mulher/teste/ 

Lydia de Queiroz Sambaquy (1913-2006)

Lydia Sambaquy, nascida em 23 de março de 1913, demonstrou desde cedo um interesse pela área de Biblioteconomia, influenciada por sua irmã Sylvia de Queiroz Grillo, que chefiava a biblioteca do DASP (Departamento Administrativo do Serviço Público) na década de 1930. Assumiu a direção da biblioteca do DASP em 1939, logo após o afastamento de sua irmã, e começou a publicar conteúdos sobre biblioteconomia na Revista do Serviço Público. Tornou-se bibliotecária em 1941 após concluir o curso na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Ao longo de sua carreira, trabalhou em diferentes cargos administrativos e técnicos, desenvolvendo o Serviço de Intercâmbio de Catalogação (SIC) e transformando a biblioteca do DASP em um laboratório experimental para uma rede cooperativa de bibliotecas em 1942. Nomeada professora na Biblioteca Nacional, integrou o Comitê II da Conferência da Unesco e idealizou o IBBD (Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação), fundado por ela em 1954, do qual foi presidente até 1965. Durante sua gestão, criou cursos abertos a interessados na área, o que gerou críticas de alguns profissionais estabelecidos. Com o golpe militar, foi forçada a deixar a presidência do IBBD. Lydia Sambaquy faleceu em 2006, deixando um legado significativo no campo da Biblioteconomia e Documentação no Brasil.

FONTE: https://biblioo.info/as-contribuicoes-de-lydia-de-queiroz-sambaquy-para-a-biblioteconomia/ 

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Manuel Bastos Tigre (1882-1957)

Manuel Bastos Tigre, nascido em 12 de março de 1882, teve uma vida marcada por uma ampla gama de realizações e contribuições significativas para a cultura e a educação no Brasil. Durante sua estada nos Estados Unidos, teve a oportunidade de se familiarizar com a pessoa e a obra de Melvil Dewey, o que influenciou profundamente sua visão sobre biblioteconomia. Em 1915, conquistou o primeiro lugar em um concurso público brasileiro para o cargo de bibliotecário, graças à sua tese pioneira sobre a aplicação do Sistema de Classificação Decimal (CDD). Além de bibliotecário, Manuel Bastos Tigre também se destacou como jornalista, poeta, compositor, humorista e publicitário. Sua carreira na biblioteconomia abrangeu quatro décadas, durante as quais ele serviu em instituições importantes como o Museu Nacional e a Biblioteca da Associação Brasileira de Imprensa. Seu legado foi consagrado quando ocupou o cargo de primeiro diretor na Biblioteca Central da Universidade do Brasil por mais de vinte anos, até seu falecimento em 2 de agosto de 1957. Sua influência e dedicação foram tão significativas que ele inspirou a instituição do Dia do Bibliotecário em 12 de março, em sua homenagem.

FONTE: https://biblioo.info/relembrando-a-vida-e-a-obra-de-manuel-bastos-tigre-2/

Manuel Cícero Peregrino da Silva (1866-1956)

Manuel Cícero Peregrino da Silva, nascido em 7 de setembro de 1866, destacou-se como bibliotecário, professor e político brasileiro. Realizou seus estudos no Ginásio Pernambucano e na Faculdade de Direito do Recife, onde obteve seu doutorado em Direito em 1895. Ao longo de sua carreira, desempenhou papéis importantes, incluindo bibliotecário, subsecretário e secretário do Curso Anexo da Faculdade de Direito do Recife, diretor geral da Biblioteca Nacional, onde fundou o primeiro Curso de Biblioteconomia na América Latina, professor de Direito Romano e reitor da Faculdade de Ciências Jurídicas Sociais do Rio de Janeiro, prefeito interino do então Distrito Federal, reitor da Universidade do Rio de Janeiro (atual UFRJ), presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, editor dos Anais da Biblioteca Nacional, autor de várias obras e sócio fundador do Instituto Histórico de Petrópolis. Em 1937, foi designado por Getúlio Vargas para representar o Brasil no Congresso de História Portuguesa em Lisboa. Peregrino da Silva foi membro de diversas instituições nacionais e internacionais de ciências. Faleceu em 3 de outubro de 1956.

 

FONTE: http://bndigital.bn.gov.br/projetos/200anos/manuelCicero.html 

https://www.anm.org.br/foldercomemorativo/oculos-da-anm/ 

Maria Nélida Gonzalez de Gómez

Maria Nélida Gonzales de Gómez é uma renomada pesquisadora e docente na área de Ciência da Informação, com uma sólida formação acadêmica. Graduou-se em Filosofia pela Universidad Nacional de Rosario, Argentina, e obteve seu mestrado em Ciência da Informação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, em convênio com o IBICT, seguido por um doutorado em Comunicação pela mesma universidade. Como pesquisadora titular do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), ela contribuiu significativamente para o desenvolvimento do campo. Além disso, foi docente do Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação e professora visitante sênior na Universidade Federal Fluminense de 2014 a 2017. Sua vasta experiência também inclui orientação de mestrado e doutorado, supervisão de estágios de pós-doutorado, avaliação externa de cursos de pós-graduação e graduação, bem como participação em comitês editoriais e agências avaliadoras de fomento. Suas principais áreas de pesquisa abrangem a Filosofia da Informação e questões epistemológicas, éticas e políticas relacionadas à informação, destacando-se também em investigações sobre ação e regimes de informação.

FONTE: http://50.ppgci.ibict.br/mulher/maria-nelida-gonzalez-de-gomez/

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Regina Maria Marteleto (1927-2011)

Regina Maria Marteleto, uma renomada acadêmica brasileira, possuía uma sólida formação acadêmica, com um doutorado em Comunicação e Cultura pela ECO/UFRJ, mestrado em Sciences de l´Information et de la Communication pela EHESS na França, além de graduações em Letras pela PUC/MG e Biblioteconomia pela UFMG. Como membro do corpo docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação do Ibict/Eco/UFRJ, contribuiu significativamente para o avanço do campo. Sua influência se estendia além das fronteiras acadêmicas, como evidenciado por sua atuação como presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciência da Informação (ANCIB) e coordenadora do Grupo de Trabalho Mediação, Circulação e Apropriação da Informação. Regina também foi líder do Grupo de Pesquisa Cultura e Processos Infocomunicacionais e representante do Brasil na Rede Franco-Brasileira de Pesquisadores em Mediações e Usos Sociais de Saberes e Informação – Rede MUSSI. Seus interesses de pesquisa abrangiam uma ampla gama de tópicos, desde cultura e informação até teoria social e interdisciplinaridade nos estudos da informação. Sua contribuição para as áreas de Ciências da Informação, Comunicação e Saúde foi imensurável, tanto como membro de comitês editoriais e parecerista de revistas científicas quanto como participante ativa em redes sociais acadêmicas. 

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Rosali Fernandez de Souza

Rosali Fernandez de Souza é uma figura proeminente no campo da Ciência da Informação, com uma trajetória acadêmica destacada. Graduou-se em Biblioteconomia e Documentação pela Universidade Santa Úrsula em 1968, seguido por uma especialização em Documentação Científica no ano seguinte, e obteve seu mestrado em Ciência da Informação em 1973 pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia. Realizou um doutorado na Polytechnic of North London, onde foi conferido pelo Council for National Academic Awards, CNAA, em 1984. Atualmente, desempenha o papel de pesquisadora titular no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Além disso, contribui como professora no Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação do IBICT-UFRJ, destacando-se em sua área de atuação, que abrange a organização e representação do conhecimento. Sua vasta experiência e dedicação contínua ao campo fazem dela uma referência na comunidade acadêmica e profissional da Ciência da Informação no Brasil.

FONTE: http://50.ppgci.ibict.br/mulher/rosali-fernandez-de-souza/ 

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Rubens Borba de Moraes (1899-1986)

Rubens Borba de Moraes, nascido em 1899 em Araraquara, São Paulo, e falecido em 1986 em Bragança Paulista, foi um renomado bibliógrafo, bibliófilo e editor brasileiro. Graduou-se na Faculdade de Letras de Genebra, Suíça, em 1919, e ao longo de sua carreira tornou-se professor titular e emérito na Universidade de Brasília. Recebeu honrarias como a medalha Rio Branco do Ministério das Relações Exteriores e o grau de grande-oficial da Ordem Ouissan Alaouite. Destacou-se como fundador e redator das influentes revistas Klaxon e Terra Roxa, contribuindo para a modernização da literatura brasileira. Embora não possuísse formação em biblioteconomia, especializou-se na organização e administração de bibliotecas com o auxílio da American Library Association, fundando inclusive o Curso de Biblioteconomia na Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Sua trajetória incluiu ainda cargos como diretor da Biblioteca Histórica Brasileira e subdiretor da Biblioteca da ONU. Moraes foi membro de diversas instituições culturais, incluindo o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo e a Academia Brasiliense de Letras. Além de sua contribuição acadêmica, foi um entusiasta colecionador, deixando para trás uma das maiores bibliotecas de livros raros sobre o Brasil, agora parte da Biblioteca José Mindlin. Seus últimos anos foram dedicados à sua chácara em Bragança Paulista, onde continuou sua paixão por colecionar livros raros.

FONTE: http://crb1.org.br/mrb/featutrd/ 

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Zila Mamede (1928-1985)

Zila Mamede, uma figura emblemática da literatura brasileira, teve seu início marcado pela imersão na literatura após concluir seus estudos secundários. Aos 21 anos, ao retornar a Natal após uma breve incursão na vida religiosa, deu início à sua jornada como escritora. Sua busca pelo conhecimento a levou a cursar biblioteconomia no Rio de Janeiro entre 1955 e 1956, seguido por uma especialização nos Estados Unidos. Ao retornar à sua terra natal, dedicou-se à reestruturação das bibliotecas de Natal, destacando-se a biblioteca central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que agora leva seu nome, e a biblioteca pública estadual Câmara Cascudo. Zila não apenas deixou sua marca como escritora, com obras como “Rosa de Pedra” (1953), “Salinas” (1958), “O arado” (1959), “Exercício da palavra” (1975) e “Corpo a corpo” (1978), mas também como bibliotecária e ativista cultural. Seu legado é celebrado na Biblioteca Central Zila Mamede, que abriga uma sala dedicada a seus objetos pessoais, livros e correspondências, situada no Setor de Coleções Especiais. Sua influência na literatura brasileira foi tão significativa que Manuel Bandeira considerou seu primeiro livro, “Rosa de Pedra”, um dos melhores livros de versos do Brasil.

FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Zila_Mamede 

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Personalidade internacionais

Neste tópico, a ideia é apresentar informações e principais contribuições de personalidades que influenciaram e marcaram a história e a evolução da Ciência da Informação fora do Brasil.

Carla Hayden (1952)

Carla Hayden, nascida em Tallahassee, Flórida, em 10 de agosto de 1952, é uma renomada bibliotecária e educadora americana. Ela alcançou destaque ao se tornar a 14ª Bibliotecária do Congresso dos Estados Unidos, posição de grande prestígio na Library of Congress (LOC). Sua nomeação, feita pelo então presidente Barack Obama, foi histórica, pois a tornou a primeira mulher e afro-americana a ocupar esse cargo desde sua criação em 1802. Sua trajetória profissional começou na Biblioteca Pública de Chicago, onde eventualmente obteve um doutorado em biblioteconomia pela Universidade de Chicago. Ao longo dos anos, ela desempenhou papéis importantes, incluindo sua coordenação na biblioteca do Museu da Ciência e Indústria de Chicago e sua presidência na Enoch Pratt Free Library em Baltimore, Maryland, de 1993 a 2016. Além disso, foi presidente da American Library Association (ALA) de 2003 a 2004, onde se destacou por sua oposição ao USA PATRIOT Act. Sua contribuição para o campo bibliotecário foi reconhecida quando foi eleita para a American Philosophical Society em 2020.

FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Carla_Hayden

Charles Ammi Cutter (1837-1903)

Charles Cutter foi um renomado bibliotecário americano que deixou um impacto duradouro no campo da catalogação e organização de bibliotecas. Durante as décadas de 1850 e 1860, ele desempenhou um papel crucial na reclassificação da biblioteca do Harvard College, introduzindo o primeiro catálogo de fichas públicas da América. Sua inovação, o sistema de cartão, revolucionou a maneira como os bibliotecários organizavam e os usuários acessavam os livros, superando o método anterior de ordenação cronológica em grandes volumes. Ao ingressar no Boston Athenaeum em 1868, Cutter elevou seu catálogo de fichas a um padrão internacional. Ele advogou pela catalogação centralizada de livros, posteriormente adotada como prática padrão pela Biblioteca do Congresso. Cutter também ocupou cargos de liderança em diversas organizações de bibliotecas, tanto local quanto nacionalmente. Seu legado mais conhecido é o Cutter Expansive Classification, um sistema que atribui números de classificação padronizados a cada livro, permitindo a organização eficiente nas prateleiras com base em temas similares.

FONTE: https://stringfixer.com/pt/Charles_Ammi_Cutter 

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Charles Coffin Jewett (1816 - 1868)

Charles Coffin Jewett foi um bibliotecário americano nascido no Líbano em 12 de agosto de 1816. Sua carreira foi marcada por importantes contribuições para o campo da biblioteconomia. Em 1841, assumiu o cargo de bibliotecário na Brown University, onde realizou uma extensa reorganização da biblioteca, introduzindo um catálogo em duas partes, que consistia em um catálogo descritivo alfabético e um índice de assuntos. Após essa empreitada, Jewett empreendeu uma jornada de dois anos pela Europa, dedicada à aquisição de livros e estudos. Em 1848, foi nomeado bibliotecário e secretário assistente da Smithsonian Institution, onde desempenhou um papel fundamental na construção da biblioteca da instituição, solicitando catálogos de bibliotecas proeminentes e publicando um levantamento das bibliotecas dos EUA. Defensor fervoroso dos catálogos alfabéticos, Jewett acreditava que esses deveriam conter informações bibliográficas e biográficas para facilitar o uso pelos usuários. Sua proposta incluía o uso de placas estereotipadas para garantir uniformidade, embora isso pudesse tornar as coisas mais desafiadoras para os usuários, ele via isso como essencial para evitar confusão. Por suas contribuições notáveis, Jewett foi eleito membro da American Antiquarian Society em 1851.

Fonte:

https://en.wikipedia.org/wiki/Charles_Coffin_Jewett 

Frederick Wilfrid Lancaster (1933-2013)

Frederick Lancaster, nascido em Durham, Inglaterra, em 1933, emergiu como um proeminente pesquisador na área de Informação e Documentação. Após graduar-se em Direito pela Northumbria University, Newcastle, em 1955, onde também estudou Biblioteconomia, iniciou sua carreira como bibliotecário nas Bibliotecas Públicas de Newcastle. Sua mudança para os Estados Unidos em 1959 marcou o início de uma carreira internacionalmente reconhecida. Tornou-se bibliotecário sênior na Biblioteca Pública de Akron, Ohio, antes de iniciar sua jornada como pesquisador em 1963, com foco na recuperação da informação. Suas contribuições foram vastas, abrangendo desde o controle de vocabulário até a avaliação e indexação da informação. Trabalhou como consultor em várias organizações, incluindo o Corpo de Engenheiros do Exército, a Standard Oil, a UNESCO e o American Film Institute. Lancaster foi fundamental no projeto Sharp e na avaliação do sistema de análise e recuperação de publicações médicas da National Library of Medicine. Seu trabalho identificou deficiências na indexação, estratégias de busca e interação usuário-sistema, explicando os fracassos na recuperação da informação. Lancaster também deixou um legado significativo como educador, sendo professor associado do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Informação e Biblioteconomia da Universidade de Illinois. Recebeu o Prêmio Fulbright de Ensino por três vezes e foi nomeado “University Scholar” pela Universidade de Illinois, reconhecendo seu mérito acadêmico. Além disso, ministrou cursos e foi professor visitante em diversas universidades ao redor do mundo, contribuindo para o avanço global do campo da informação e da documentação. Ao longo de sua carreira, publicou 15 livros, muitos dos quais foram reconhecidos como livros do ano pela American Society for Information Science (ASIS) e pela American Library Association (ALA). Seus trabalhos, como o tratado sobre avaliação de sistemas documentais e o manual sobre recuperação de informações online, continuam a ser referências no campo até os dias de hoje.

FONTE: https://brapci.inf.br/index.php/res/v/51483

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Henri La Fontaine (1854-1943)

Henri La Fontaine, um renomado jurista e político belga, deixou um legado marcante no cenário internacional. Sua dedicação à causa da paz o levou à presidência do Gabinete Internacional Permanente para a Paz, sendo reconhecido com o Nobel da Paz em 1913. Junto com Paul Otlet, é creditado como um dos pioneiros da documentação, tendo estabelecido em 1895 o Instituto Internacional de Bibliografia (IIB), posteriormente conhecido como Federação Internacional de Documentação (FID). Durante a I Conferência Internacional de Bibliografia, fundou o IIB com o objetivo de criar o Repertório Bibliográfico Universal (RBU), visando tornar acessíveis os registros do conhecimento humano em todos os países e idiomas. La Fontaine foi um defensor da padronização universal de técnicas de tratamento de documentos, resultando na criação da Classificação Decimal Universal (CDU), baseada na Classificação Decimal de Dewey (CDD). Além de suas contribuições para a documentação, La Fontaine também foi um prolífico autor de textos e manuais sobre legislação e história da arbitragem internacional, e fundador da revista “La Vie Internationale”. Sua influência perdura como um exemplo de comprometimento com a paz e a disseminação do conhecimento.

FONTE: https://livrodigital.uniasselvi.com.br/BIB02_fundamentos_da_biblioteconomia_e_ciencia_da_informacao/unidade2.html?topico=2

John Shaw Billings (1838-1913)

John Billings foi um multifacetado bibliotecário americano, projetista de edifícios e cirurgião, cujo legado é marcado por uma série de realizações notáveis. Ele ficou mais conhecido por sua influência como modernizador da Biblioteca do Gabinete do Cirurgião Geral do Exército, além de seu papel crucial na construção da primeira biblioteca abrangente de medicina do país. Sua parceria com Andrew Carnegie também resultou no desenvolvimento da Biblioteca Pública de Nova York, onde ele serviu como primeiro diretor. Além disso, Billings liderou a divisão de Estatísticas Vitais do Escritório do Censo dos EUA, contribuindo significativamente para a melhoria da saúde pública e dos hospitais. Seu trabalho incluiu o desenvolvimento do Index Medicus, um guia mensal de medicina contemporânea, e sua consultoria médica abrangeu desde a organização de hospitais militares até a luta contra a febre amarela. Sua influência se estendeu até o Johns Hopkins Hospital, onde atuou como consultor médico, contribuindo para o desenvolvimento de currículos médicos, de enfermagem e projetos hospitalares. Embora seu nome não esteja entre os famosos “Big Four” do Hopkins, suas contribuições através da arquitetura, infraestrutura e currículo moldaram profundamente a Johns Hopkins School of Medicine.



Melville Louis Kossuth Dewey (1851-1931)

Melville Dewey, nascido em 10 de dezembro de 1851, demonstrou desde tenra idade um talento notável para a organização. Sua carreira na biblioteconomia começou em 1873, quando trabalhou como assistente bibliotecário na Amherst College e elaborou um plano de reorganização para a biblioteca. Ao visitar diversas bibliotecas, percebeu as deficiências dos métodos de organização existentes e, em 1876, publicou anonimamente a obra que viria a revolucionar a Biblioteconomia, estabelecendo o sistema de Classificação Decimal Dewey (CDD). Como pioneiro na área, Dewey contribuiu significativamente para o desenvolvimento da profissão, sendo reconhecido como o pai da Biblioteconomia moderna. Sua influência também se estendeu à prática de catalogação, ao adotar a ideia de fichas catalográficas, precursoras da catalogação na fonte. No entanto, seu legado foi manchado por acusações de racismo, antissemitismo e assédio sexual, levando à remoção de seu nome da maior honraria concedida pela American Library Association. Melville Dewey faleceu em 26 de dezembro de 1931, deixando um legado controverso na história da biblioteconomia.

FONTE: https://crb6.org.br/materias/voce-conhece-a-historia-de-melvil-dewey/

Michael Keeble Buckland (1941)

Michael Buckland nasceu em 1941 na Inglaterra e é reconhecido como professor emérito da Escola de Informação da UC Berkeley, além de ser codiretor da Iniciativa Atlas Cultural Eletrônico. Sua trajetória profissional inclui passagens marcantes, como sua atuação na Lancaster University Library, onde, após obter sua qualificação profissional em biblioteconomia pela University of Sheffield em 1965, ingressou na equipe um ano após a fundação da instituição. Lá, desempenhou papel fundamental na Unidade de Pesquisa, contribuindo com uma série de estudos sobre o uso de livros e jogos de gerenciamento de bibliotecas, enquanto também completava seu PhD, cuja tese foi publicada como “Disponibilidade de livros e o usuário da biblioteca” (Pergamon, 1975). Além disso, Buckland teve uma destacada carreira acadêmica, atuando como vice-presidente assistente para planos e políticas de biblioteca para os nove campus da Universidade da Califórnia, além de ter sido professor visitante na Áustria e na Austrália. Seus interesses acadêmicos abrangem serviços de biblioteca, recuperação de informação, heranças culturais e o desenvolvimento histórico da gestão da informação, destacando-se por seus estudos sobre pioneiros da documentação. Como co-diretor da Electronic Cultural Atlas Initiative, Buckland liderou projetos financiados, visando tornar a pesquisa mais acessível e confiável em índices de assuntos, suporte aprimorado para pesquisa translingual e facilitação da busca em diferentes tipos de bancos de dados. Além disso, sua contribuição para a Association for Information Science and Technology, onde foi presidente em 1998 e recebeu o Prêmio de Mérito em 2012, solidifica sua importância e influência no campo da ciência da informação.

FONTE: https://stringfixer.com/pt/Michael_Buckland

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Mortimer Taube (1910-1965)

Mortimer Taube, um renomado bibliotecário norte-americano, deixou um legado significativo na área da organização da informação. Ele é mais conhecido por sua criação do método unitermo, introduzido em seu livro de 1967, “Computers and Common Sense” (Os Computadores, O Mito das Máquinas Pensantes), que foi traduzido e publicado no Brasil. O método unitermo consistia em fichas onde cada uma continha uma única palavra, acompanhada pelos números dos documentos relacionados àquela palavra específica. A premissa fundamental por trás do Unitermo era a de que cada conceito poderia ser representado por uma única palavra. Seu trabalho foi fundamental para o desenvolvimento do primeiro tesauro, uma evolução do Unitermo, que foi concebido pelo Centro de Engenharia de Informação DuPont em 1959.

FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Mortimer_Taube

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Paul Marie Gislain Otlet (1868-1944)

Paul Otlet, nascido em 23 de agosto de 1868, foi uma figura multifacetada, destacando-se como escritor, autor, empresário, inventor, jurista, advogado e ativista da paz, além de ser reconhecido como um dos pais da Ciência da Informação. Sua contribuição mais marcante foi a criação da Classificação Decimal Universal, que revolucionou a organização do conhecimento nas bibliotecas. Em 1934, Otlet apresentou uma visão precursora da Internet, imaginando uma estrutura chamada réseau, uma rede de conhecimento humano acessível através de uma máquina complexa. Ele antecipou muitos dos desafios contemporâneos, como o excesso de informação, as limitações de armazenamento e recuperação, e a busca por modelos classificatórios eficazes. Sua visão incluía até mesmo a ideia de usuários remotos acessando dados através de um “telescópio elétrico”, conectado por telefone. Otlet faleceu em 10 de dezembro de 1944, deixando um legado duradouro no campo da informação e da tecnologia.

FONTE: https://gicbrasil.wordpress.com/2010/05/19/55/  

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Shiyali Ramamrita Ranganathan (1892-1972)

R. Ranganathan foi um renomado matemático, bibliotecário, acadêmico e escritor, amplamente reconhecido como o pai da biblioteconomia na Índia. Recebeu prestigiosos prêmios, incluindo o Hall da Fama da Biblioteca e o Padma Shri em literatura e educação, uma honra concedida pelo governo indiano. Sua excelência profissional foi também reconhecida pela American Library Association com a Margaret Mann Citation em 1970. Ranganathan foi pioneiro na reforma das bibliotecas universitárias, liderando um movimento na Universidade de Madras para sua melhoria. Para qualificar-se como bibliotecário universitário, buscou formação em Biblioteconomia na Grã-Bretanha, ingressando na Escola de Biblioteconomia na College University, em Londres. Sua extensa pesquisa o levou a visitar mais de cem tipos de bibliotecas, culminando na formulação das famosas Cinco Leis da Biblioteconomia em 1928. Além disso, suas contribuições revolucionárias incluíram a introdução de três níveis distintos de classificação, a adoção da abordagem analítico-sintética na identificação de assuntos e o estabelecimento de dezoito princípios fundamentais para avaliação de sistemas de classificação. Ao longo de sua carreira, Ranganathan publicou mais de 50 livros, a maioria deles sobre a história da Matemática, incluindo obras icônicas como “Five Laws of Library Science” (1931), “Colon Classification” (1933) e “Classified Catalogue Code” (1934), entre outros.

FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Shiyali_Ramamrita_Ranganathan 

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Tefko Saracevic (1930)

Tefko Saracevic, nascido em 24 de novembro de 1930 em Zagreb, na ex-Iugoslávia (atual capital da Croácia), graduou-se em Engenharia Elétrica na Universidade de Zagreb em 1957. Em 1962, mudou-se para Cleveland, Ohio, nos Estados Unidos, para realizar mestrado em Biblioteconomia na Case Western Reserve University, e em 1969 obteve seu doutorado na mesma instituição em assuntos documentais. Ele lecionou na Case Western Reserve University até 1985, quando se juntou à Rutgers University, tornando-se professor titular em 1991 e reitor associado de 2003 a 2006. Desde 1985, é editor-chefe da revista científica Information Processing and Management. Seus trabalhos abordam temas como bibliotecas digitais, sistemas de recuperação da informação, noção de relevância na CI, aspectos relacionais entre humano e computador, e análise de desempenho de motores de busca na Web, entre outros. Além disso, ele foi presidente da Sociedade Americana de Ciência e Tecnologia da Informação (ASIST) em 1991, co-presidente da conferência Libraries in the Digital Network (LIDA) e do curso anual em Dubrovnik, Croácia. Saracevic conduziu projetos de pesquisa para instituições como National Science Foundation, National Institutes of Health, US Department of Education, Council for Library Resources, Rockefeller Foundation e UNESCO, sendo reconhecido com prêmios como o Prêmio ASIST de Mérito Acadêmico em 1995 e o Prêmio Gerard Salton em 1997. Em 2009, o Institute for Scientific Information (ISI) registrou 1.193 citações para seus trabalhos, colocando-o em primeiro lugar no ranking de autores mais citados entre 1956 e 2006.

FONTE: https://es.wikipedia.org/wiki/Tefko_Saracevic 

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Watson Davis (1896-1967)

Watson Davis foi uma figura central no avanço da Biblioteconomia e Ciência da Informação, fundando o American Documentation Institute (ADI), que mais tarde se tornou a Association for Information Science and Technology. Sua influência se estendeu para além do campo acadêmico, como evidenciado por sua editoria na Science News Letter, uma publicação do Science Service, onde trabalhou incansavelmente para promover a compreensão científica. Seu compromisso com a educação científica se destacou através de iniciativas como o Science Clubs of America, que alcançou cerca de um milhão de crianças em idade escolar nos Estados Unidos, e sua contribuição para eventos como a Westinghouse Science Talent Search e a International Science Fair. Reconhecido por líderes como o presidente Lyndon B. Johnson e o Prêmio Nobel Glenn T. Seaborg, Davis foi elogiado por seu papel crucial na popularização da ciência e na promoção da compreensão pública da mesma. Sua visão para a preservação do conhecimento científico também foi notável, como evidenciado por sua proposta de arquivar jornais em microfilme, uma ideia inovadora na época.

William Frederick Poole (1821-1894)

William Poole, nascido em 24 de dezembro de 1821, foi um renomado bibliógrafo e bibliotecário americano, cuja carreira marcante deixou um legado duradouro no mundo das bibliotecas. Graduando-se na Universidade de Yale em 1849, Poole logo se destacou ao publicar seu próprio índice de 154 páginas de literatura periódica ainda como estudante. Esse trabalho pioneiro culminou em edições expandidas em 1853 e 1882. Ao longo de sua carreira, ocupou cargos de destaque, incluindo o de bibliotecário assistente no Boston Athenaeum em 1851 e bibliotecário na Boston Mercantile Library a partir de 1852. Sua influência foi fundamental no movimento das bibliotecas públicas, sendo o primeiro bibliotecário da Biblioteca Pública de Cincinnati e posteriormente da Biblioteca Pública de Chicago, onde construiu a coleção inicial, até encerrar sua carreira na Newberry Library. Além disso, Poole assumiu papéis importantes em organizações profissionais, como a presidência da American Library Association e da American Historical Association, além de ser membro da American Antiquarian Society. Sua dedicação e visão deixaram um impacto significativo no desenvolvimento das bibliotecas nos Estados Unidos.

FONTE: https://en.wikipedia.org/wiki/William_Frederick_Poole